quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O Grande Momento dos Olhares


Ficou difícil olhar nos olhos...
Parece que o brilho que refletia como espelho desapareceu naquela noite, foi levado com o vento frio da madrugada...
O Olhar que parecia tão verdadeiro se tornou fulgáz...
Havia um bloqueio quando o reencontro aconteceu...
Pareciam estranhos em ninhos iguais...era como a caça e o caçador num cúbiculo, num espaço milimétrico onde não podiam se encarar...
Não conseguiam passar nada um para o outro, a não ser, a tensão no tremor das palavras que saiam espontâneamente da boca que secava em fração de segundos a cada letra pronunciada...
Aquilo que era tão significativo, que quase sempre não se precisava dizer nada... era só mirar, olhar e a alma do outro se tornava transparente....

Hoje se tornaria tão insignificante...
Mas o momento foi superado...
O Mestre do grande Mal seria o tempo...
O Tempo que passa tão rápido...
é tão cruel...
ineficaz...
Foi impossível contar em qualquer relógio do Universo quanto tempo durou aquele momento...
Pareciam horas...
Mas a grande rejeição fez ralentar qualquer processo de contagem...
E Assim foi... sem olhar nos olhos, sem dizer nada...
e novamente, foi...
Mas foi superável, cada dia subimos um degrau para alcançar um patamar que desconhecemos..
Mas se subir nos faz sentir melhor, por quê ficar parado?
A cada degrau ganhamos mais força...
E que assim seja. Que a necssidade de subir, conjumine com a necessidade de amar...
E que essa e qualquer outra necessidade sejam bem vindas!
Sejam únicas...
Estamos nos sentindo mais fortes, e isso é importante...
Estamos nos sentindo melhores, e isso me faz bem...
Estamos vivendo da maneira que imprime o nosso dia-a-dia..
Deixe estar, que o que for pra ser vigora...
E nada como um dia após o outro para dizer onde nossos olhares vão parar... e quem sabe, um dia, de pertinho ou beeeeeeem de longe...se encontrarem!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Poema da Resolução


Pensava, refletia, encucava e não sabia.
Procurava um motivo, uma razão, a mudança tão repentina, o que poderia ser, acontecer...
Comecei a imaginar, outra situação... a perda ou a união... o que viria então?
Chegou devagar, calmamente, ambiente tenso, olhares perdidos e desatentos.
Chorou comigo, comprtilhou sorriso, ironia? talvez...
Mas eu pude ver a sinceridade, a veracidade e a decepção...
Morando no coração de quem amou, se entregou e depois... não superou.
Quando não se supera será que não és verdadeiro?
Mas os olhos juravam que superariam tudo e todos. Em todos planos de amor, compartilhavam segredos, sonhos e medos.
Sabiam que se amavam, amam, mas um dia o fim se aproximaria.
Seria bem aquele dia?
É, foi...
Sem esperar a dor fervilhou o coração, de quem ficou, de quem partiu...
Os sonhos se perderam nas palavras, nos gestos e na ida.
A confiança foi enterrada e as carícias amarguradas.
O amor ficou...
doendo...
mas ficou...
E quem sempre sonhou, se foi sem esperar, sem ouvir ou escutar.
O erro apareceu, a verdade se escondeu..
e em certo momento apareceu...
mas nada resolveu...
estava disposto abandonar, largar tudo, sem olhar para trás...
Motivo?
Seria...se a tal verdade fosse a fundo realmente o que as palavras faziam-se entender.
Mas não pesou, não levou em consideração, o lado bom foi esquecido.
Os grandes momentos foram embalsamados.
E a Vida que tinham se tornou vegetativa, falecida...
Ou quem sabe adormecida?